Deixo agora transludir aquilo tudo que sou
Conforme os dias passam e eu me encontro mais e mais em mim
Decidi finalmente ser aquilo que escondo e não apenas o que aparento
Decidi me abrir muito mais um pouco
Tudo isso enquanto os dias por aqui estão tão cinza quanto a cor do meu coração
Cinza como o meu coração
Eu vejo a vida e eu levo tudo por detras da fechadura
Eu vejo o mundo e vivo comigo um período de descompressão
Daquilo que comprimi durante tanto, tanto tempo
Tudo o que guardei aos poucos ao longo de todos anos...
É estranha a forma com que o mundo me veio a tona todo ao mesmo tempo
Todo o tempo do mundo em um tempo pequeno para o meu coração
E o que eu vejo em mim, então?
O que vejo aqui, então?
Já não me adianta mais fugir
Já não tenho pernas o suficiente para correr tanto assim por ai
Me encontro em descompressão, constante e distante descompressão
Descompressão de mim.
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