Encontro-me em um daqueles dias em que tenho vontade de escrever o mundo todo, muito embora ele não caiba em minhas simples singelas palavras. Percebo, enfim, sobre o peso de todas as coisas que podem acontecer ao mesmo tempo. Percebo, e assim como fui capaz de pressentir a tempestade, agora sinto aproximar-se o seu fim. Sinto com toda a força que um ser humano é capaz de encontrar dentro de si: ela está indo embora. Está indo embora e agora resta reconstruir tudo aquilo por ela destruído. Hoje, de súbito, algo bateu em mim e... Bom, agora estou aqui. Depois dos feitos que não se permitem serem desfeitos. Depois dos erros e dos preços. E também depois daquele acaso que sempre acaba pegando a gente. Agora estou aqui, eu, comigo mesma.
Há alguns minutos, uma amiga disse assim: “você vai recuperar a sua paz”. Eu sei que vou. Algumas coisas dependem de nós e somente de nós, certo?! Reagir. Lembro-me agora de uma música, que assim como diversas outras, marcou minha infância junto, provavelmente, a pessoa mais querida por mim: meu irmão. Cair e Levantar, Cueio Limão. “Desatar os nós, depende de nós”. E de mim, no caso. Chega agora a hora do recomeço, batendo em minhas costas com toda a sua plenitude e grandeza. O recomeço é belo, e já sou capaz de sentir a beleza que o futuro traz, podendo até reconhecer algumas de suas partes. Sim, reconheço e valorizo desde já. Uma lição? Valorizar sempre o que se tem. Sempre, tudo. E não se esquecer de tal mandamento jamais. Nunca esquecer de valorizar. Valorizar-te. ValorizARTE. Recomeçar. RecomeçARTE.
Quanto ao passado? Deixá-lo quieto. Não brincar com o passado, pois com o passado não se brinca. O passado é poderoso e forte. Forte e poderoso. Então é melhor tirar dele aquilo de valor, e depois, deixá-lo descansar, segundo seu próprio desejo. E tocá-lo apenas para jamais se esquecer de com ele muita coisa aprender.
Hoje, me foram direcionadas duas perguntas capazes de mudar todos os meus próximos dias.
1- “Mas amiga, está tudo bem?”
Ao que eu respondi: “Irá ficar. Ficará!” (Disto estou certa e sei que será sem mais demora.)
2- “Alguém já fez uma declaração (música) tão bonita assim pra você? Você acha isso bobo ou bonito?” E mandaram junto um vídeo de “Just the way you are”. Eu então respondi: “Música não, mas já me direcionaram palavras tão belas quanto, se não ainda mais. E eu julgo belo. A beleza é relativa. Tudo consiste numa pequena grande coisinha: o sentimento ser recíproco.” (Moral da história?! Não tente se enganar no amor. Não minta. Nem para os outros, nem para si mesmo.)
Sim, alguma coisa muito grande mudou aqui em mim.
Belo texto, Gi! Recomeçar é sempre difícil e gratificante.
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