domingo, 13 de fevereiro de 2011

Sobre um pouco de tempo...

De uns dias pra cá, andei pensando muito sobre algumas coisas. Difícil de acreditar, mas todas elas sempre acabavam por me levar a uma única porta, que sempre então terminava por me fazer deparar com a palavra tempo.
Sei lá, acho que entendi o real valor do tempo na vida de um ser humano, ou pelo menos na minha vida. Percebi que o tempo é tudo. Ele é capaz de modificar, fazer entender, aliviar, mostrar, trazer, e afastar. O tempo é tudo, o tempo faz quase tudo. Tirando apenas algumas pequenas circunstâncias permanentes, o tempo é capaz de alterar todo o resto. Ele não apaga, mas sempre transforma tudo.
O amor acaba por virar amizade. O presente sempre vira passado, e a amizade também pode se tornar amor. A necessidade às vezes se torna desnecessária. O corpo e a mente mudam. Dos amigos, apenas os bons e sinceros continuam sempre a fortalecer os elos do sentimento, enquanto os outros se afastam em certo ponto, para talvez nunca mais voltar. Alguns amigos vão, mas sempre voltam. Os leais amigos são descobertos devido às artimanhas do tempo. E o tempo também faz parar de doer, aquieta sentimentos. Embora algumas feridas deixem cicatrizes que sempre nos recordam de acidentes que ocorreram no passado, o sofrimento seca junto à área machucada, e de tudo, permanece apenas a memória. Memória indolor, que além de sempre muito forte, também é enfraquecida pelo tempo. Suas cores acabam por desaparecer junto ao tempo, assim como as cores de uma tela pintada à tinta óleo.
E apesar disso tudo, qual é a conclusão que se pode sugar do tempo? A única certeza que tenho, é que o tempo tem o poder de nos levar a nós mesmos, mostrar e conduzir ao caminho criado por cada um individualmente, guiar o ser humano em sua própria direção, escolhida quase sempre por livre arbítrio. O tempo é tudo nessa vida, e o tempo também pode ser nada. O tempo é sempre muito tempo.