quarta-feira, 29 de junho de 2011

Meu lugar favorito na cidade.

Em uma tarde sem muito o que fazer no escritório, decido escrever sobre algo um pocuo diferente. Quero agora falar um pouco sobre um lugar que me transmite paz. Meu atual lugar favorito da cidade de São Paulo, no meio da cidade de São Paulo. Num dia desses, antes de entrar no fórum Federal, me encontrava um pouco agitada e decidi sentar para fumar um cigarro. Breve pausa de 15 minutos em minha vida. Foi então que percebi: eu não estava sentada em qualquer lugar no meio da cidade. O pátio do Masp me pareceu possuir certa magia em suas entranhas. Era como se fosse um escape da realidade em meio à realidade mais pura de uma metrópole. Do lado de dentro, grama, pombos, lugares para sentar, tranquilidade e ar para respirar. Até o ar de lá parecia soar diferente. De repente, pude sentir o vento gelado do meio da tarde batendo em meu rosto e bagunçando meus cabelos já meio embaraçados. Pude colocar minha mente em outro lugar que não fosse o centro dos meus problemas. Pensei menos em mim. Reparei na beleza dos prédios, até mesmo daquele que se encontra em restauração de suas ruinas. Pensei em todas as vidas habitantes de uma cidade tão grande quanto a em que vivo. Na verdade, pensei mesmo é em todas as vidas que assim como a minha, se escondem dentro de aproximadamente quarenta e cinco metros quadrados de um edifício gigantesco. E me senti tranquila. Me senti em paz com o mundo. Depois olhei para o chão e vi bitucas de cigarro. Muitas bitucas. Então me peguei pensando em quantas pessoas, assim como eu, utilizariam o lugar como uma forma de escape da realidade concreta. Realidade de concreto. Levantei e cruzei o pátio do Masp. Do lado de fora, problemas, carros, trânsito, barulho e todo o nervosismo do cotidiano numa cidade com mais de 11 milhões de habitantes.

Trechos do "Retrato de Dorian Gray", Oscar Wilde:

"Mas não sei como lhe explicar isso. Algo pareceu me dizer que eu estava à beira de uma terrível crise em minha vida. Eu tinha um estranho sentimento de que o Destino tinha guardado para mim intensas alegrias e intensas mágoas."

"Suponho que isso venha do fato de que não podemos suportar outras pessoas que têm as mesmas falhas que nós temos."

"Ele nada sabe sobre isso. Ele nunca saberá nada sobre isso. Mas o mundo poderá advinhar; e não desnudarei minha alma perante estes olhos rasos bisbilhoteiros. Meu coração nunca será colocado sob seus microscópios."

"Encontro um estranho prazer em dizer-lhe coisas que sei que irei me arrepender por tê-las dito. Eu me revelo."

"De vez em quando, porém, ele é terrivelmente desatencioso e parece ter verdadeiro prazer em me causar dor. Então eu sinto, Harry, que revelei minha alma inteira para alguém que a trata como se fosse uma flor a ser colocada em sua lapela, uma parte decorativa para encantar sua vaidade, um ornamento de um dia de verão."

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Vastos, embora coerente...

Paguei R$22,00 numa pizza de chocolate e comi só um pedaço. Paguei R$22,00 por R$2,20. Em dois dias, fumei quase um maço inteiro de cigarro e assistir um filme e meio. Dediquei a maior parte do meu tempo em dormir. O carregador do meu notebook pifou e não consigo mais ouvir músicas, as minhas músicas. Estou usando a internet da vivo e meu twitter não quer postar minhas mensagens. Lembrei de uma coisa. Lembrei de escrever.
Estou sentada na primeira cadeira do lado direito da sala de jantar e ouço apenas três sons: o latir dos cachorros, o barulho da geladeira, e o teclar dos meus dedos. Acabei de ver uma foto louca de um amigo no facebook e descobri que algo que tentaria evitar para o meu sábado já não pode mais ser adiado. NÃO SEI POR QUE, MAS AS LETRAS DO WORD INSISTEM EM FICAR MAIÚSCULAS, EMBORA O “CAPSLOCK” ESTEJA DESATIVADO. APESAR DE TUDO ISSO, ESCOLHO NÃO ME ESTRESSAR.
Agora o Word voltou ao normal. Bom, decidi realmente manter a calma. Na verdade, é exatamente sobre isso que pretendo escrever hoje: sobre escolhas. Talvez ninguém consiga entender. Quase sempre escrevo e fico com a sensação de não conseguir expressar realmente o que sinto. Não conseguir passar alguma coisa aos outros, ajudar aqueles que me lêem. Mesmo assim, não importar. A gente não pode jamais deixar de tentar. Um dia eu chego lá.
Agora vamos começar a falar um pouco mais sobre as tais escolhas. Tenho certeza que todo mundo faz muitas escolhas todos os dias. Só o simples ato de acordar já consiste puramente em uma escolha; mesmo que automática. Minha última escolha, até agora, foi perder a preguiça de abrir o MSN. Na verdade, neste momento, também escolhi não procurar por coisas que não quero ver. Mas a gente sempre acaba se traindo, certo?! Uma hora eu me traio de novo.
E agora chega o momento em que percebo que estou enrolando por não saber exatamente como começar a falar sobre o que realmente importa agora. Não quero falar das pequenas escolhas. Quero falar das grandes escolhas. Grandes, e que mesmo assim passam despercebidas. Ou pequenas escolhas que podem se tornar demasiadamente grandes, a ponto de não caberem mais dentro de nós. Sim, essas escolhas são as que me importam no momento. Exatamente como a escolha de decidir não me estressar, mesmo depois de um dia complicado. Não ficar estressada, pra mim, é uma grande escolha. Ando tentando abstrair as coisas muito mais que o de costume.
Ultimamente, andei me perguntando bastante a respeito das escolhas que fiz de um ano pra cá. Chega a ser difícil de acreditar o quão grandes elas foram. A imensa importância que tiveram no curso da minha vida. Mas andei cutucando mais ainda as escolhas que fiz para o meu ano de 2011. Percebi, finalmente, que embora muitas dessas escolhas tenham me causado muito bem, outras me causaram completamente o contrário. E fico também pensando no quanto fui idiota ao fazer tais escolhas: estava ali, na minha frente. Eu poderia ter optado por outra coisa. Eu poderia ter pensado mais. Só que não pensei. E todas as minhas escolhas mal pensadas tiveram suas conseqüências. Conseqüências com as quais tive, e em muitos casos, continuo tendo que arcar diariamente.
Não que eu me arrependa daquilo que fiz. Tudo sempre serve pra gente aprender, certo?! Só que isso me faz olhar pras escolhas dos outros também. E quando eu olho para as escolhas de muita gente, eu penso: “Putz!”. Tipo, de “que merda” mesmo. E é muito ruim olhar alguém fazendo merda, não importa se a pessoa seja próxima ou distante, mas quando é próxima, é pior ainda. Depois eu paro e penso em quanto é ruim agir impulsivamente. Penso o quão estúpido é fazer as coisas sem pensar direito, mesmo que isso signifique não seguir o coração. Não digo que a racionalidade extrema deva ser contemplada. Acredito apenas que o coração, em muitas situações, está repleto de mágoa, rancor, e sentimentos negativos em geral. Muitas vezes o coração está cego. E em um coração cego, não se deve confiar jamais.
Eu, ao olhar para dentro e fora de mim, aprendi isso. Aprendi ao olhar para mim, para a minha vida, e para o meu redor. Então entendi que o coração cego só consegue foder ainda mais qualquer coisa já estourada. E que sempre que alguém age com o coração cego, se arrepende muito depois. E consigo enxergar o quanto tudo isso é triste. Então fico triste ao olhar para todas as vezes em que escolhi (Sim, escolhi!), agir com o coração cego. E o quanto o meu coração cego só foi capaz de me magoar ainda mais. Vejo isso olhando para um, dois, até mesmo três anos atrás. E agora, desde um pouco mais de um mês pra cá, quando consegui acordar tudo isso em mim. Olho para alguém agindo com o coração cego e simplesmente não consigo deixar de ficar dolorida pela pessoa. Olho e penso: “Pare com isso, pare com isso! Você não precisa fazer isso tudo com você! Poxa, você não precisa disso, então pare e pense um pouco mais na sua vida, pense sem ódio e sem rancor!”
Só que ao mesmo tempo em que tenho vontade de dizer tais coisas para as pessoas, não consigo. Ninguém escuta o que não quer. Ninguém olha o que não quer ver. O coração cego sempre age por si só. É impulsivo, é irracional e inconseqüente. Ele é cego para as coisas que não estão nele, oras. Então ele simplesmente não enxerga nada além de seu próprio orgulho, não alcança nada além do seu próprio nariz. Só que o coração cego sempre se machuca depois. O coração cego sempre se arrepende um dia. Se arrepender é inevitável e doloroso, mas serve para o crescimento de cada um. E a partir do momento em que a pessoa cresce olhando para o seu próprio coração cego, ela se arrepende, fica triste consigo, e depois consegue seguir em frente. A pessoa se livra do orgulho e de tudo que é ruim, mas todo mundo tem o seu tempo. Tempo que quem já curou o coração, não consegue entender direito. Tempo que quase sempre eu sou incapaz de respeitar.
Sempre que vejo alguém com o coração cego, tenho vontade de apertar a pessoa e fazer alguma coisa pra conseguir melhorar. Tenho vontade de enviar luz para quem possui o coração cego, pra quem escolhe errado. Não gosto de ver ninguém escolher errado. Eu me pego pensando que tudo poderia ser tão mais simples, é só cada um tentar entender e aceitar um pouco mais. É só cada um conseguir colocar a sua cabeça no lugar. E isso não é ser idiota, trouxa, ou alguém a quem todos os outros pisem em cima; isso é possuir paz dentro de si. Isso é olhar para os erros dos outros e perceber toda dor que existe dentro de cada um deles. Isso é possuir um pouco mais de compaixão. É não gostar de ver ninguém abandonando a melhor parte de si mesmo propositalmente, como eu tenho visto em muitos lugares por ai. Existem pessoas tão especiais e ao mesmo tempo tão profundamente magoadas!
É claro que ninguém consegue responder a causa de tantas coisas ruins ocorrerem a pessoas boas. Ninguém entende certos fatos. Mas grande parte dessas coisas ruins, só acontece a partir do momento em que a pessoa permite que elas ocorram. A partir do momento em que ela escolhe se afastar dela mesma ao se deparar com situações complicadas. E mesmo assim, quando se vê uma pessoa decidindo causar mal não só a ela mesma, porém para os outros, não se deve julga - lá. Todos possuem seus motivos. Todos, sem exclusão alguma. Ninguém consegue entender perfeitamente o que ocorre na cabeça de outra pessoa, só ela mesma é capaz de se entender por inteiro. Mas pra isso ela tem que se dar uma chance. Pra isso ela tem que entender sozinha que nem tudo precisa ser tão ruim assim. Precisa aprender a perdoar os outros um pouco mais.
Essas foram algumas das coisas que eu andei aprendendo sobre mim. Aprendi a não guardar rancor, não julgar, não querer magoar. Pelo menos enquanto o meu coração estiver claro. Aprendi que em toda coisa ruim, realmente, existe uma coisa boa para todo mundo. E que o tempo precisa dele mesmo para se resolver. Aprendi que não sou tão forte a ponto de não precisar de ninguém: todo mundo precisa de alguém nos momentos difíceis. Mas existe uma grande diferença entre tentar se entender com quem realmente pode ajudar, e com aqueles que só são capazes de causar mais danos ainda. E é isso que estou tentando adaptar a minha vida: envolvo-me em tudo aquilo que me faz bem, por todos amigos que estão dispostos a me dar apoio, mesmo que tal atitude signifique ouvir coisas que não quero ouvir, uma vez ou outra. Todo mundo precisa de um braço amigo, braço do bem. Todo mundo sempre precisa de alguém.
E finalmente, posso dizer que a pessoa que agora escrever, é realmente uma pessoa um pouco diferente da pessoa de antes. Pretendo sempre continuar a ser o meu melhor remédio, mesmo que exista em mim a necessidade de receitas alheias, para o bem ou para o mau. Um dia a gente consegue enxergar as coisas. Hoje é dia 25-06-2011, e falando em enxergar, eu nem vi a semana passar. Hoje foi o primeiro dia em que eu rezei, para o que quer que seja, em mais ou menos quatro anos.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Minha última melodia...

Minha última melodia...
Eu quero encontrar as palavras certas para dizer tudo aquilo que antes esqueci
Tudo aquilo que não percebi e que agora, pelo outro lado, não é percebido também
E eu queria descobrir os motivos que levam o lado de lá a agir...
E todos os erros que cometi, ser capaz de consertar
Tanto eu precisava encontrar termos para expressar aquilo que ficou perdido no meu olhar...
Às vezes eu queria ter uma máquina pra desfazer ou deletar as coisas
Pra de toda essa confusão nunca mais lembrar
Mas o que me resta agora é compreender
Os maus momentos surgem para que possamos com eles crescer...
Adotar como postura a minha forma de pensar
E num futuro talvez nem tão distante assim, novamente não errar
Perceber que para toda tristeza existe uma alegria
E que os verdadeiros sentimentos, apenas o tempo será capaz de mostrar
Descobrir que fora ele, não existe outro remédio
Senão a tentativa de alguma coisa mudar
Dentro de mim
Agora e dentro de mim.
Por que mesmo que no momento me pareça distante
Minha luz não se encontra tão inatingível assim em algum lugar
É tudo uma questão de aceitar...

domingo, 19 de junho de 2011

Um sonho meu...

Eu sonhei com uma cigana que dizia que eu andava fugindo de mim. E que eu tinha muita coisa pra mostrar. Que eu tinha muito o que revelar. E ela me disse sobre todos os meus sonhos, um por um. Sobre os meus medos e sobre as minhas virtudes. Me olhava fundo nos olhos e dizia que eu não precisava temer. Dizia que eu precisava lembrar mais de toda parte boa em mim, até mesmo das mais pequenas. E que a vida era pra se viver. E que o tempo não parava jamais, por isso eu também não deveria parar nele. Depois ela me pegou pela mão e me levou pra caminhar numa floresta e pediu para que eu sentisse a brisa que circulava por entre as árvores gigantes. E pra que eu ouvisse melhor os sons, tivesse uma percepção mais aguçada. E foi então que eu senti o frio, o vento que batia no meu rosto e aquela brisa que parecia tomar conta de tudo ao meu redor. Parei e escutei o barulho dos pássaros, o soar de tudo aquilo que habitava o mesmo espaço que eu, o soar do meu coração. Percebei que tudo aquilo, além de me rodear, se encontrava dentro de mim. Os sons, as sensações, a natureza como ela é. E depois me dei conta de tudo aquilo que eu estava deixando para trás. E que eu realmente não deveria fugir tanto assim. Logo eu, que vivia sempre fugindo de mim. A cigana me mostrou a magia. Ela podia ser irreal, mas me mostrou o real sabor das coisas. O real valor do mundo, o meu valor. Então ela terminou dizendo para que eu valorizasse mais aquilo que eu estava encontrando em meu caminho. Para eu doar, ajudar, sentir e perceber mais. Para eu doar a quem quer que fosse todo o bem que eu conseguisse ser capaz. Até o momento em que eu me satisfizesse em mim. Até o momento em que eu fosse capaz de estar feliz comigo mesma. Até o momento em que eu descobrisse quem realmente sou. Descobrisse para nunca mais esquecer.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Meu...

Num momento de conseguir encontrar tanto ruim dentro de mim
Tanto ruim dentro de mim e ao meu redor
Um segundo me fez perceber a vontade de distribuir apenas coisas boas
Pra que tanta mágoa?
Pra que tanta ferida quando o que mais se quer é viver a vida?
Pra que se focar tanto no escuro quando ecoa uma claridade imensa em algum não muito distante?
E esquecer toda ferida...
Simplesmente aprender a perdoar
Por que quem perdoar, não guarda
E aprender a perdoar a si mesmo também
Aprender a me perdoar por mim...
Pensar um pouco mais na pessoa mais importante da minha vida
Lembrar de me amar um pouco mais
E então, a partir de tal momento, me tornarei pronta para amar o mundo e consequentemente ser amada também
Mas antes de qualquer coisa; lembrar de perdoar
Lembrar de sempre perdoar a todos e a mim
E respirar em paz e claro
Respirar sem machucar
Para depois entender o significado daquilo que me era até então desconhecido
A luz que descobri dentro de mim...
Então esquecer todo erro, toda mancada, tanto tropeço
E começar de novo
De qualquer forma, em qualquer tempo e lugar
Começar de novo pra valer a pena ou simplesmente encontrar algo novo
Sem me esquecer, novamente, de amar até mesmo aquilo que um dia me fez sofrer...
Por que tudo nessa vida, não vale nada quando não se é amor.

domingo, 12 de junho de 2011

Sobre só mais uma menina...

Eu só sou uma menina assim, que pensa, pensa, pensa tanto sobre tudo. Pensa até acabar o mundo. E que sente como ninguém sente. Sente como ninguém sente e sente sem ninguém ver. Uma menina que guarda tudo demais, e que se machuca por si só. Que muitas vezes precisa de atenção, uma mão amiga, ou de alguma poesia que faça sentido no meio disso tudo...
Uma menina que ama demais. Uma menina que gostaria de saber se expressar melhor, que gostaria de guardar menos pra si. Uma menina a qual pequenas coisas bonitas agradam, e a quem o feio atinge de forma quase absurda... E que no final, sabe tão pouco sobre si mesma.
Sabe tão pouco que a cada dia descobre um pouco mais, e se surpreende com aquilo que encontra em algum lugar dentro de si. Se surpreende com quem vê, se sente insegura e muitas vezes triste. Uma menina que sempre se magoa com as pessoas a quem ama, e que não faria nada para machucar qualquer pessoa voluntariamente. Por que eu, na minha condição de menina, sei, e disso estou mais do que certa: dentro de mim cabe todo o amor do universo e um pouco mais além.
Eis uma das únicas certezas que possuo agora. Mesmo que por caminhos confusos, meus métodos confusos e estranhos: eu estou aqui, se não para mais nada, para amar tudo aquilo que se dispor a me amar também. Quero amar, ser amada e ser feliz. Tudo o que desejo talvez seja complicar um pouco menos, e deixar a vida correr seu curso livremente um pouco mais...
Abrir a mente e o coração, Para no final encontrar alguma paz dentro de mim. A paz que procuro nos livros, nas ruas, nas frases, no vento, no ar, e em algumas esquinas e pessoas por ai. A paz que procuro tanto conquistar.Aquela paz que preciso também encontrar em algum lugar dentro de mim...
“Só enquanto eu respirar....”

domingo, 5 de junho de 2011

Quando o mundo todo parou e assim mesmo eu fiquei.

Quando em nenhum momento eu parei
Em algum lugar minha mente adormeceu dentro de mim
E foi parar naquela parte não identificada
Sempre tão escondida e reprimida
De sonhos não realizados...
De coisas mal resolvidas...
De tanta coisa guardada...
Coisa que não queria jamais ser enxergada.
Aquela parte que faz transludir um pouco mais de tudo
E imaginei poder me expressar um pouco mais
Imaginei pintar um quadro para dizer tudo aquilo que guardo em minha mente e coração
Tudo pelo que passei
Quis muitas vezes poder ter agido de forma diferente no passado
Mas como agir diferente com aquilo que não se vê?
Como poderia eu descobrir aquilo que apenas chegaria a mim com o tempo?
E agora, embora tenha acertado algo, como poder esquecer?
As ações ficam...
O passado fica...
Fica e perturbar, até o momento em que ele é impedido de agir
Fica e perturbar até que seja possível enxergar outra coisa, enxergar além
E agora eu continuo com vontade de poder enxergar mais além
Fico com vontade de agir da forma que me parece correta poder agir
Mas como agir assim com tanto medo?
Como lidar com tanto orgulho e insegurança?
Será possível desfazer aquilo que já está concretizado?
E tudo aquilo que ficou parado no tempo...
Distante, tudo sempre tão distante...
E eu sempre aqui comigo
O mundo se despede enquanto eu fico aqui parada
Sozinha com o meus medos, com as minhas inseguranças...
Sozinha com os meus sentimentos tão bem guardados...
E que transbordam.
Fico sozinha enquanto o mundo se afasta e ao mesmo tempo tenta se aproximar
Tenta se aproximar até mesmo dentro de mim
Fico sozinha enquanto há tanto pra viver...
Enquanto há sempre tanto a sentir e dizer.
Mas e com os outro, como devo eu lidar?
Com os sentimentos alheios que me rodeiam, como devo eu agir?
Como posso estar sempre tão disposta a aceitar um perdão, quando nem sempre estou a pedir a mesma coisa para outro alguém?
Como posso, eu, sempre estar tão disposta na hora errada?
E sempre me atrasar.
Exatamente como faço em minhas em meus compromissos...
Exatamente como eu faço com as pessoas e com os sentimentos: em um momento enxergo, mas sempre me atraso.
Eu me atraso, eu me estranho, eu me esqueço
Mas algumas coisa eu sou simplesmente incapaz de esquecer
Sobre mim e sobre os outros.
Ai vigora minha real e fiel incapacidade.
Que me acompanha, e que me faz atrasar cada vez mais...
Atrasar pra tudo...
Até o momento em que não houver mais nada.
Ou até quando eu conseguir enxergar ainda um pouco mais além.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Momentâneo.

A gente tem que pensar assim: em cada coisa ruim que ocorre, uma boa se reflete. Para cada momento ruim pelo qual passamos, outras centenas de momentos bons acontecerão. Para cada perda que temos, uma vitória está ao nosso aguardo. Para cada energia negativa, uma luz de harmonia também pode estar presente. Para cada perda, haverá uma vitória. Para cada sentimento ruim, também existe um bom. Para cada pessoa especial que perdemos em algum caminho distante, uma outra maravilhosa surgirá. Para cada momento de sofrimento, há de chegar um de paz. Se algo está ruim, há de melhorar. Para cada dia triste, um feliz. Para cada amor perdido, um novo em algum lugar. Para cada lágrima, um sorriso. E fogos de artifício para cada coração partido. Por que essa vida não é nada se não coisas boas. E o mundo todo pode ser repleto de coisas boas. Tudo depende das decisões. Tudo depende das decisões e das ações. E elas, somos nós quem realizamos. O ser humano age. O ser humano faz a sua própria história e a de todo o resto. Imagine um mundo repleto de alegria todo dia. Imagine um mundo repleto de felicidades. E o brilho nos olhos de cada coração com vida. Imagine a felicidade por si só. Imagine o universo repleto de uma luz brilhante todo dia. Nem tudo na vida sai bem como planejamos. As coisas podem não ser como desejamos. Mas não se deve jamais admitir a tristeza. Deve-se sempre tentar extrair o melhor de tudo. Por que cada coisa ruim possui o seu lado bom. Por isso mesmo deve-se sempre olhar pra frente. Olhar pra frente, mudar e ser feliz. E fazer os outros felizes também. Sem culpar, julgar, guardar rancor. Apenas guardar as partes boas. Sempre existe uma partezinha boa. Tudo depende de nós. No final, tudo depende de cada um, ou de si mesmo. A felicidade, o bem, as coisas boas...cabe a cada um fazer acontecer. :)