segunda-feira, 18 de julho de 2011

Perguntas e respostas

Encontro-me em um daqueles dias em que tenho vontade de escrever o mundo todo, muito embora ele não caiba em minhas simples singelas palavras. Percebo, enfim, sobre o peso de todas as coisas que podem acontecer ao mesmo tempo. Percebo, e assim como fui capaz de pressentir a tempestade, agora sinto aproximar-se o seu fim. Sinto com toda a força que um ser humano é capaz de encontrar dentro de si: ela está indo embora. Está indo embora e agora resta reconstruir tudo aquilo por ela destruído. Hoje, de súbito, algo bateu em mim e... Bom, agora estou aqui. Depois dos feitos que não se permitem serem desfeitos. Depois dos erros e dos preços. E também depois daquele acaso que sempre acaba pegando a gente. Agora estou aqui, eu, comigo mesma.
Há alguns minutos, uma amiga disse assim: “você vai recuperar a sua paz”. Eu sei que vou. Algumas coisas dependem de nós e somente de nós, certo?! Reagir. Lembro-me agora de uma música, que assim como diversas outras, marcou minha infância junto, provavelmente, a pessoa mais querida por mim: meu irmão. Cair e Levantar, Cueio Limão. “Desatar os nós, depende de nós”. E de mim, no caso. Chega agora a hora do recomeço, batendo em minhas costas com toda a sua plenitude e grandeza. O recomeço é belo, e já sou capaz de sentir a beleza que o futuro traz, podendo até reconhecer algumas de suas partes. Sim, reconheço e valorizo desde já. Uma lição? Valorizar sempre o que se tem. Sempre, tudo. E não se esquecer de tal mandamento jamais. Nunca esquecer de valorizar. Valorizar-te. ValorizARTE. Recomeçar. RecomeçARTE.
Quanto ao passado? Deixá-lo quieto. Não brincar com o passado, pois com o passado não se brinca. O passado é poderoso e forte. Forte e poderoso. Então é melhor tirar dele aquilo de valor, e depois, deixá-lo descansar, segundo seu próprio desejo. E tocá-lo apenas para jamais se esquecer de com ele muita coisa aprender.
Hoje, me foram direcionadas duas perguntas capazes de mudar todos os meus próximos dias.
1- “Mas amiga, está tudo bem?”
Ao que eu respondi: “Irá ficar. Ficará!” (Disto estou certa e sei que será sem mais demora.)

2- “Alguém já fez uma declaração (música) tão bonita assim pra você? Você acha isso bobo ou bonito?” E mandaram junto um vídeo de “Just the way you are”. Eu então respondi: “Música não, mas já me direcionaram palavras tão belas quanto, se não ainda mais. E eu julgo belo. A beleza é relativa. Tudo consiste numa pequena grande coisinha: o sentimento ser recíproco.” (Moral da história?! Não tente se enganar no amor. Não minta. Nem para os outros, nem para si mesmo.)

Sim, alguma coisa muito grande mudou aqui em mim.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Perdoem-me...

Enquanto baixo “Leãozinho” me peguei pensando novamente aqui com os babados da minha blusa: deve ser triste viver tanto assim para outra pessoa. Dizem que só quem sente é capaz de entender algo por inteiro. Eu não sinto e por isso não compreendo a sensação. Mas poso tentar imaginar. E quando imagino, não gosto. Digo isso pelas minhas próprias experiências assim nem tão loucas, embora suavemente apaixonadas. Ou talvez até mesmo um pouco mais do que eu imagino. O amor quando recíproco é lindo. Quando nem tanto, sofrido.
Agora fico a procurar palavras certas para o que ando tentando escrever. Eu sempre procuro as palavras certas, embora nem sempre elas realmente sejam capazes de se fazer valer. Mas eu procuro. E quem procura, uma hora encontrar. É uma das leis da humanidade, certo?! Pelo menos costumam dizer por ai... Mas quanto ao amor. Ah, o amor! Como será sentir aquelas coisas ainda não fui capaz de sentir?! Incapacidade sim, talvez. Mas acho bonita essa história de amar alguém acima de qualquer outra coisa no mundo. Pode não ser saudável, pode não ser o ideal. Mesmo assim, não deixa de ser bonita, embora profundamente triste.
Então quando olho para aquela moça que ama tanto, ama acima de qualquer coisa, acabo até mesmo sentindo ternura por ela, de certa forma. Gente que ama apaixonadamente e faz de tudo para ter seu amor. Não mede esforços. Eu jamais conseguiria ser assim, posso afirmar pelo que conheço a meu respeito. Não consigo ser sentimental por muito tempo e aprendi a sempre esquecer as coisas com absoluta facilidade. Sou assim, eu, desde pequena, desde muito pequenina. O mundo passa por mim, deixa sua marca, e quando dá o tempo, eu o permito ir embora sem tentar impedir, mesmo que venha a sentir sua falta. Algumas coisas mudam em mim, mas a maioria prevalece. Eis o que constitui a minha estranha incomum personalidade. E quando olho para trás... Quando olho para trás, o que é que sobra?! Quais são as coisas que acabo por deixar guardadas em mim?! Não sei. Realmente não faço idéia e a situação toda me assusta. Mas com o tempo descobri e consegui modelar adequadamente uma forma de me expor para a minha própria alma, mesmo que nem eu mesma a entenda. Descobri isto aqui.
Então, quando olharem para as minhas atitudes e elas não transparecerem aquilo que eu aparento ser: cuidado. Eu sou isto aqui. Eis aqui tudo o que sou, sem falta alguma. Sou confusa. Sou pensativa. Às vezes me perco de mim e faço coisas que não combinam comigo. Sim, sei que as faço. Sempre as fiz. Mas também sempre consigo as enxergar e me arrependo muito por tudo. Profundo é o meu arrependimento, lhes garanto. E profunda em mim me sinto quando lembro das pessoas as quais eu magoei, aquelas que não amei, aqueles a quem não soube amar. Eis agora aqui os meus pedidos mais sinceros de perdão a todos aqueles moços, a todos aqueles amigos de quem me afastei com o passar dos anos,a todos que de mim quiseram se aproximar e eu não deixei, aos parentes a quem magoei, aos meus cachorros que sempre me pediram por carinho e eu não dei. Eis aqui os meus pedidos de desculpas a grande parte da minha família com quem não tenho contato, a minha avó doente de quem tanto me afastei. Eis aqui meu pedido de desculpa ao meus bichinhos que morreram e eu nem me recordo se chorei. Mas os amava muito, posso garantir. Amava todos a minha maneira. Mesmo que não seja ideal. Mesmo que não seja irracional. Eu sou assim: jamais consigo me desprender completamente de mim. Me perdoem, todos, favor me perdoar. Aqui consiste meu pedido de desculpas mais sinceros, embora incompleto e talvez sem muito nexo ou concisão. Meus queridos, lembrei muito de todos vocês ao escrever, alguns minutos atrás, as linhas acima.E ao olhar o relógio do computador marcar 20:20, pedi pelo bem maior, tanto para mim, quanto para vocês.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Estupidez.

Exatamente vinte minutos antes retornar ao meu apartamento. Encontro-me aqui no escritório... Sem fazer trabalho algum. Penso em um amigo, penso nos meus textos repetitivos (ou, segundo outro amigo, possuidores de “estilo próprio”). Não considero ser ruim como um estilo próprio. Penso no show do Red Hot e na possibilidade de já não mais encontrar ingressos. Penso no show do Pearl Jam, o qual apenas a idéia de não assistir já me assusta. Penso em comida. Lembro que hoje comi apenas um iogurte e quase uma caixa inteira de Bis. Minha mãe diria que não ando me alimentando adequadamente. Quem se importa?! Acontece que hoje não estou me sentindo muito inspirada pra coisa alguma. Na verdade, acho que estou assim já faz um tempo. Não me encontro mais em minhas próprias palavras, ou não encontro mais palavras para mim, ou não entendo mais os meus pensamentos, ou ando meio zonza do meio de toda a minha vida e no meio dos outros.
Exatamente 12 minutos antes de retornar ao meu apartamento. Bom, pelo menos 12 minutos antes de começar a pensar em arrumar minhas coisas para ir embora. Sairei daqui lá pelas 18:20, acredito. Enquanto isso, continuo preguiçando comigo mesma. Acho que pensar demais andou se tornando um verdadeiro tormento em minha vida. Por que será que já não consigo para de pensar?! Penso, penso, penso. E nunca chego a lugar algum. Penso sem conseguir extrair conclusões. Ou extraio tantas que acabo é me esquecendo delas. Acho triste essa história de se esquecer de suas próprias conclusões. E também acho triste o fato de eu estar escrevendo um texto vazio, sem nexo ou conteúdo. Mais triste ainda é saber que o texto reflete meu consciente, e que então, por silogismo, uma vez que meu texto é vazio, sem nexo ou conteúdo, minha cabeça também. Opa, acho que acabei de chegar à conclusão mais foda do ano! Agora batam palmas para mim e vamos todos celebrar a minha estupidez, ou a estupidez humana, como já disse Renato Russo. E é assim que vou terminar minha postagem, com uma música chamada “Perfeição”.

Vamos celebrar
A estupidez humana
A estupidez de todas as nações
O meu país e sua corja
De assassinos
Covardes, estupradores
E ladrões...

Vamos celebrar
A estupidez do povo
Nossa polícia e televisão
Vamos celebrar nosso governo
E nosso estado que não é nação...

Celebrar a juventude sem escolas
As crianças mortas
Celebrar nossa desunião...

Vamos celebrar Eros e Thanatos
Persephone e Hades
Vamos celebrar nossa tristeza
Vamos celebrar nossa vaidade...

Vamos comemorar como idiotas
A cada fevereiro e feriado
Todos os mortos nas estradas
Os mortos por falta
De hospitais...

Vamos celebrar nossa justiça
A ganância e a difamação
Vamos celebrar os preconceitos
O voto dos analfabetos
Comemorar a água podre
E todos os impostos
Queimadas, mentiras
E seqüestros...

Nosso castelo
De cartas marcadas
O trabalho escravo
Nosso pequeno universo
Toda a hipocrisia
E toda a afetação
Todo roubo e toda indiferença
Vamos celebrar epidemias
É a festa da torcida campeã...

Vamos celebrar a fome
Não ter a quem ouvir
Não se ter a quem amar
Vamos alimentar o que é maldade
Vamos machucar o coração...

Vamos celebrar nossa bandeira
Nosso passado
De absurdos gloriosos
Tudo que é gratuito e feio
Tudo o que é normal
Vamos cantar juntos
O hino nacional
A lágrima é verdadeira
Vamos celebrar nossa saudade
Comemorar a nossa solidão...

Vamos festejar a inveja
A intolerância
A incompreensão
Vamos festejar a violência
E esquecer a nossa gente
Que trabalhou honestamente
A vida inteira
E agora não tem mais
Direito a nada...

Vamos celebrar a aberração
De toda a nossa falta
De bom senso
Nosso descaso por educação
Vamos celebrar o horror
De tudo isto
Com festa, velório e caixão
Tá tudo morto e enterrado agora
Já que também podemos celebrar
A estupidez de quem cantou
Essa canção...

Venha!
Meu coração está com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão
Venha!
O amor tem sempre a porta aberta
E vem chegando a primavera
Nosso futuro recomeça
Venha!
Que o que vem é Perfeição!...

terça-feira, 5 de julho de 2011

Descompressão de mim assim

Deixo agora transludir aquilo tudo que sou
Conforme os dias passam e eu me encontro mais e mais em mim
Decidi finalmente ser aquilo que escondo e não apenas o que aparento
Decidi me abrir muito mais um pouco
Tudo isso enquanto os dias por aqui estão tão cinza quanto a cor do meu coração
Cinza como o meu coração
Eu vejo a vida e eu levo tudo por detras da fechadura
Eu vejo o mundo e vivo comigo um período de descompressão
Daquilo que comprimi durante tanto, tanto tempo
Tudo o que guardei aos poucos ao longo de todos anos...
É estranha a forma com que o mundo me veio a tona todo ao mesmo tempo
Todo o tempo do mundo em um tempo pequeno para o meu coração
E o que eu vejo em mim, então?
O que vejo aqui, então?
Já não me adianta mais fugir
Já não tenho pernas o suficiente para correr tanto assim por ai
Me encontro em descompressão, constante e distante descompressão
Descompressão de mim.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Sobre a rosa vermelha e algumas outras coisas

A rosa vermelha.

Eu andei aqui, pensando comigo mesma durante esses últimos dias. Há muito, não tenho o que dizer. Há algum tempo já não encontro mais palavras boas o suficiente para expressar o que penso ou sinto. Há muito, já nem sei mais o que pensar. E no meio de toda a minha confusão, lembrei de uma coisa talvez um pouco importante ou nada. Lembrei-me que um dia, durante a segunda metade de 2010, estava andando com pressa pela Avenida Paulista, até que avistei algo que me chamou atenção. Uma mulher vendia flores artesanais na rua. Eu amo flores. Olhei as flores que a mulher vendia e senti encanto. Eram lindas e custavam, as maiores, em torno de R$6,00. Gostei de uma flor azul, e por pouco não a comprei. Acontece que vi uma flor vermelha. Uma rosa vermelha, na verdade. Uma rosa vermelha perfeita, com folhas verdes ao seu redor. Foi então que eu senti necessidade de comprar aquela rosa, precisava tê-la para mim. Às vezes tenho essa necessidade: a de possuir as coisas para mim e só para mim. Então, no momento, eu precisava ter aquela rosa que tanto me encantou. Comprei a rosa. Usei-a no cabelo durante vários meses. Cheguei a quase possuir certeza de tê-la perdido num certo dia. Mas depois, uma ligação fez com que eu tivesse certeza de que iria vê-la novamente. Hoje em dia, a rosa está desaparecida há um bom tempo, e eu já não acredito que um dia serei capaz de encontrá-la novamente.
Veja bem, o sentido de tudo isso aqui que estou dizendo, realmente desconheço. Mas senti, de certa forma, que precisava falar um pouco sobre essa rosa. Eu a estimava. Era um pedaço de pano dobrado em formato de rosa, mas possuia para mim extremo valor sentimental. E eu a perdi, assim como perdi várias outras coisas que me eram importantes conforme o passar dos dias. Perdi por descuido. A gente perde muita coisa por descuido por ai, e depois fica assim: pensando naquilo que não volta mais e naquilo que não pode ser desfeito. A minha rosa não volta mais, disso estou certa. Moral da história?! Aprender a cuidar melhor daquilo que é estimado. Eu aprendi, com a rosa e outras coisas. Mas me sinto mal por crescer e perceber que as outras pessoas não estão fazendo a mesma coisa. Me sinto mal por evoluir e ver alguém andar para trás. Acontece que cada um tem o seu tempo. Acontece que cada um tem a sua cabeça, fazer o que. Não é justo se permitir enlouquecer com a loucura alheia. Isso pira qualquer um. Então prefiro ficar aqui, me curando da minha loucura e deixando que os outros façam o mesmo com a sua própria. Cada um tem o seu tempo, cada um tem a sua cabeça e cada um tem o seu pensamento.Chega de criticar os outros, de nada adianta.
Quanto a mim, amigos; estou aqui, cuidando de mim. E se perguntarem por notícias, digam que ficarei assim: muito mais que bem. Digam também que não finjo nem pretendo fingir mais nada. Quem menos demonstra, é sempre quem mais sente. E algumas pessoas, aquelas portadoras de corações especiais, conseguem enxergar perfeitamente quando isso acontece. Estou cercada de pessoas portadoras de corações especiais. Elas me percebem e pretendo não ser tola a ponto de tentar enganá-las. Na verdade, não tenho mais nem vontade de fingir alguma coisa. Só me encontro, no momento, com vontade de ser eu mesma. Ser eu mesma, da forma que nunca fui. Sim, estou cuidando de mim. Digam por ai que ando cuidando muito mais de mim e que ficarei muito mais que muito bem.

Aliás, já encontrei uma forma adequada de perpetuar a rosa em minha vida. A gente nunca realmente abandona aquilo que ama. Não podemos fugir do que está determinado para ser nosso. Let it be, let it all be as time goes by...

sábado, 2 de julho de 2011

Moço bonito!

Eu queria poder começar a pensar um pouco muito mais em você.
Moço bonito, me dá a mão outra vez?
E se algum dia para ti eu desarmar todo o meu coração;
Por favor, por favor, não me diga não.
E se todas as vezes em que eu estiver triste você continuar a me fazer sorrir...
Permita-lhe dizer:
Preciso de você aqui.