segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Talvez, muito talvez.

Talvez 3:26 da madrugada fosse um bom horário para eu estar dormindo e seja um péssimo horário para bloggar, e mesmo assim cá estou eu 3:27 da madrugada (o tempo passa rápido, minha gente)tentando encaixar minhas palavras no tempo curto que passa tão rapidamente e quando eu menos esperar já será 03:28 (agora). Minha internet da vivo está tão lenta que não consigo ao menos twittar "I know exactly who I´m", tenho sido picada por pernilongos há horas e há um projeto de mariposa voando perto da minha mesa de jantar (ou a mesa de jantar da minha mãe, ou da casa dos meus pais, para ser mais precisa). Estou com uma alergia atacada no pescoço e quanto mais eu cutuco a alergia mais ela irrita a minha pele. Hoje assisti dois filmes na sala (coisa que não faço há umas boas semanas), algo que resultou num surto repentino de vontade de desenhar (seja lá qual for a estranha razão). Eu, desenhando. Eis uma das coisas mais nonsensical que podem existir, porém algo de que sempre gostei muito durante toda minha vida (mesmo que muito secretamente). Aliás, eu desenho mal pra caralho. Bom, agora são 3:33 da madrugada e minhas canelas estão coçando por causa das picadas e o meu pescoço está ardendo devido à alergia e esse meu texto não faz nenhum sentido. E dai? E dai que uma vez um amigo meu me disse que não se deve falar em primeira pessoa em um blog, pois tal atitude torna o narrador/persoganem/principal extremamente vulnerável aos olhares alheios. Isso significa que eu realmente não deveria contar que os meus desenhos de hoje envolveram frases como um mantra por mim muito estimado, uma frase inglesa oriunda da primeira metade do século XX, e uma música argentina. Ou então que eu escrevi tudo à lapiseira e pintei tudo à giz. Muito menos que eu gostei do que fiz e me senti bem desenhando feito uma criança estudante pré- escolar e sem talento algum (diga-se de passagem). Nem sobre a intensidade do bem que desenhar assim tão mal causou em alguma parte de mim ou sobre como estou me sentindo tranquila agora ou sobre como tais momentos fazem com que eu me sinta plena em todos os sentidos no que diz respeito àquele tal de auto-conhecimento. Então talvez agora eu possa terminar explicando o meu tweet "I know exactly who I´m". Sim, digo que "I know exactly who I´m" e agora posso dormir muito mais que tranquila. Boa noite a você também, que sabe "exactly who you are". Adios!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Vale a pena no meio de tanta confusão.

Dia 08 de dezembro e o ano cada vez mais próximo do final. Você para e pensa sobre tudo ao seu redor e percebe que o tudo é sempre a mesma coisa toda. Pode não fazer muito sentido, mas é assim. Você continua acordando atrasado, trabalhando e reclamando, está quase de férias da faculdade (caso já não esteja), vê amigos com certa frequência e todos os dias continua a fazer sempre e sempre a mesma coisa.
Procura livros que digam algo sobre isso tudo ou sobre si mesmo e fica puto quando descobre que quase nada pode dizer alguma coisa sobre aquilo que nem mesmo você sabe o que deve ser que possa dizer. Você anda nas ruas e vê coisas e gente o tempo todo e mesmo assim não consegue entender o que significa ver essas coisas e pessoas e cachorros andando, gatos talvez, todos aqueles carros enchendo as ruas e fazendo barulhos, um puta sol forte e calor, muito calor, e a vontade de poder estar em qualquer outro lugar junto a vontade de poder estar apenas onde se está, modificando talvez aquelas coisas que te fazem querer estar distante e juntando-as a partículas que perpetuam aquilo que se pode chamar de felicidade, os seus amigos, alguma coisa inusitadamente engraçada, ou o modo com que o sol apesar de forte e quente carrega resquícios que aquecem alguma coisa por dentro, ou um cachorro bonitinho fazendo graça na rua, ou presença de uma pessoa para ajudar outra, perceber que o mundo apesar de muito podre também é muito bom e que sempre existem dois lados diferentes de uma mesma moeda, ou dar um beijo na sua mãe, rir, rir, rir e rir como se os dentes pudessem saltar da face, alguém para conversar e entender, ou apenas uma calmaria interior quando você deita em sua cama ou toma um banho ou anda pelas ruas para chegar a algum lugar, uma calmaria que tranquiliza e chega ao cérebro causando as mesmas sensações que uma música doce e boa soa aos ouvidos.
Então você para e pensa assim: mas o que! Qual o sentido disso tudo ou será que tudo valeu, vale, valerá a pena e os maus momentos também, por que os bons mesmo que pequenos sempre conseguem fazer desaparecer qualquer mau momento ou má lembrança, adoçando aquilo que se encontra amargo ou clarificando o que está escuro. E então você se lembra que como por Fernando Pessoa já fora dito, ‘tudo vale a pena quando a alma não é pequena’. E ela não é.