sexta-feira, 22 de abril de 2011

Apenas mais um texto com partes de um pouco...

Hoje, ontem, anteontem
Eu andei pensando muito em tudo aquilo aqui por perto de mim
Andei pensando, desejando, tirando conclusões...
Entendido, me confundido e desacreditado
Andei lembrando muito de coisas que deveria esquecer
Andei tentando encontrar uma razão pra muito que não me cabe explicar
Andei procurando encontrar razões nos outros,
Quando muitas vezes nem mesmo os outros encontram sua própria razão
Andei tentando entender a perversão e a ingenuidade
Andei procurando – às vezes até desesperadamente – uma resposta
Que pudesse explicar toda a minha vida
Que pudesse explicar os rumos diferentes
Que pudesse explicar meu passado, meu presente
E talvez apontar uma direção para o futuro
Andei matutando tanto, mas tanto...
Andei me esforçando tanto que até parei
Parei de querer e fazer muita coisa
Parei de tentar entender muita coisa
Não se pode jamais entender profundamente sobre aquilo que se desconhece
Não se pode jamais entender perfeitamente razões que não são de si
Não se deve exigir dos outros aquilo que eles não podem dar
Mesmo se esse aquilo for o que se daria por eles
Cada um é cada um e cada qual é cada qual
Cada um tem seus motivos e cada qual seus pensamentos
Só quem é possuidor do verbo ser, sabe o que é viver.
Só quem é possuidor do verbo ser, sabe o que é viver.
E quanto a mim, eu fico aqui a esperar.
Estou agora, e sempre, sempre aqui apenas para esperar alguma coisa que nem eu mesma sei qual é.
Nem eu mesma sei o que é.
Estou a esperar aquilo que é meu, já está determinado como eu.
Nessa vida confusa, contraditória e impossibilitada de definição.
Estou esperando o que é meu, pelo que me é natural.