quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Vale a pena no meio de tanta confusão.

Dia 08 de dezembro e o ano cada vez mais próximo do final. Você para e pensa sobre tudo ao seu redor e percebe que o tudo é sempre a mesma coisa toda. Pode não fazer muito sentido, mas é assim. Você continua acordando atrasado, trabalhando e reclamando, está quase de férias da faculdade (caso já não esteja), vê amigos com certa frequência e todos os dias continua a fazer sempre e sempre a mesma coisa.
Procura livros que digam algo sobre isso tudo ou sobre si mesmo e fica puto quando descobre que quase nada pode dizer alguma coisa sobre aquilo que nem mesmo você sabe o que deve ser que possa dizer. Você anda nas ruas e vê coisas e gente o tempo todo e mesmo assim não consegue entender o que significa ver essas coisas e pessoas e cachorros andando, gatos talvez, todos aqueles carros enchendo as ruas e fazendo barulhos, um puta sol forte e calor, muito calor, e a vontade de poder estar em qualquer outro lugar junto a vontade de poder estar apenas onde se está, modificando talvez aquelas coisas que te fazem querer estar distante e juntando-as a partículas que perpetuam aquilo que se pode chamar de felicidade, os seus amigos, alguma coisa inusitadamente engraçada, ou o modo com que o sol apesar de forte e quente carrega resquícios que aquecem alguma coisa por dentro, ou um cachorro bonitinho fazendo graça na rua, ou presença de uma pessoa para ajudar outra, perceber que o mundo apesar de muito podre também é muito bom e que sempre existem dois lados diferentes de uma mesma moeda, ou dar um beijo na sua mãe, rir, rir, rir e rir como se os dentes pudessem saltar da face, alguém para conversar e entender, ou apenas uma calmaria interior quando você deita em sua cama ou toma um banho ou anda pelas ruas para chegar a algum lugar, uma calmaria que tranquiliza e chega ao cérebro causando as mesmas sensações que uma música doce e boa soa aos ouvidos.
Então você para e pensa assim: mas o que! Qual o sentido disso tudo ou será que tudo valeu, vale, valerá a pena e os maus momentos também, por que os bons mesmo que pequenos sempre conseguem fazer desaparecer qualquer mau momento ou má lembrança, adoçando aquilo que se encontra amargo ou clarificando o que está escuro. E então você se lembra que como por Fernando Pessoa já fora dito, ‘tudo vale a pena quando a alma não é pequena’. E ela não é.

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