segunda-feira, 4 de julho de 2011

Sobre a rosa vermelha e algumas outras coisas

A rosa vermelha.

Eu andei aqui, pensando comigo mesma durante esses últimos dias. Há muito, não tenho o que dizer. Há algum tempo já não encontro mais palavras boas o suficiente para expressar o que penso ou sinto. Há muito, já nem sei mais o que pensar. E no meio de toda a minha confusão, lembrei de uma coisa talvez um pouco importante ou nada. Lembrei-me que um dia, durante a segunda metade de 2010, estava andando com pressa pela Avenida Paulista, até que avistei algo que me chamou atenção. Uma mulher vendia flores artesanais na rua. Eu amo flores. Olhei as flores que a mulher vendia e senti encanto. Eram lindas e custavam, as maiores, em torno de R$6,00. Gostei de uma flor azul, e por pouco não a comprei. Acontece que vi uma flor vermelha. Uma rosa vermelha, na verdade. Uma rosa vermelha perfeita, com folhas verdes ao seu redor. Foi então que eu senti necessidade de comprar aquela rosa, precisava tê-la para mim. Às vezes tenho essa necessidade: a de possuir as coisas para mim e só para mim. Então, no momento, eu precisava ter aquela rosa que tanto me encantou. Comprei a rosa. Usei-a no cabelo durante vários meses. Cheguei a quase possuir certeza de tê-la perdido num certo dia. Mas depois, uma ligação fez com que eu tivesse certeza de que iria vê-la novamente. Hoje em dia, a rosa está desaparecida há um bom tempo, e eu já não acredito que um dia serei capaz de encontrá-la novamente.
Veja bem, o sentido de tudo isso aqui que estou dizendo, realmente desconheço. Mas senti, de certa forma, que precisava falar um pouco sobre essa rosa. Eu a estimava. Era um pedaço de pano dobrado em formato de rosa, mas possuia para mim extremo valor sentimental. E eu a perdi, assim como perdi várias outras coisas que me eram importantes conforme o passar dos dias. Perdi por descuido. A gente perde muita coisa por descuido por ai, e depois fica assim: pensando naquilo que não volta mais e naquilo que não pode ser desfeito. A minha rosa não volta mais, disso estou certa. Moral da história?! Aprender a cuidar melhor daquilo que é estimado. Eu aprendi, com a rosa e outras coisas. Mas me sinto mal por crescer e perceber que as outras pessoas não estão fazendo a mesma coisa. Me sinto mal por evoluir e ver alguém andar para trás. Acontece que cada um tem o seu tempo. Acontece que cada um tem a sua cabeça, fazer o que. Não é justo se permitir enlouquecer com a loucura alheia. Isso pira qualquer um. Então prefiro ficar aqui, me curando da minha loucura e deixando que os outros façam o mesmo com a sua própria. Cada um tem o seu tempo, cada um tem a sua cabeça e cada um tem o seu pensamento.Chega de criticar os outros, de nada adianta.
Quanto a mim, amigos; estou aqui, cuidando de mim. E se perguntarem por notícias, digam que ficarei assim: muito mais que bem. Digam também que não finjo nem pretendo fingir mais nada. Quem menos demonstra, é sempre quem mais sente. E algumas pessoas, aquelas portadoras de corações especiais, conseguem enxergar perfeitamente quando isso acontece. Estou cercada de pessoas portadoras de corações especiais. Elas me percebem e pretendo não ser tola a ponto de tentar enganá-las. Na verdade, não tenho mais nem vontade de fingir alguma coisa. Só me encontro, no momento, com vontade de ser eu mesma. Ser eu mesma, da forma que nunca fui. Sim, estou cuidando de mim. Digam por ai que ando cuidando muito mais de mim e que ficarei muito mais que muito bem.

Aliás, já encontrei uma forma adequada de perpetuar a rosa em minha vida. A gente nunca realmente abandona aquilo que ama. Não podemos fugir do que está determinado para ser nosso. Let it be, let it all be as time goes by...

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