sábado, 30 de junho de 2012

30 de julho de 2012.

Hoje voltando para casa
Sentada no fundo de um ônibus
Sempre no banco mais alto
Olhei da janela onde estava
E pude enxergar um infinito

Num dia de sol em pleno inverno
Ele brilhava como se não ligasse para o frio que deveria estar em seu lugar
Iluminava as ruas de São Paulo
E trazia vida para uma cidade onde nada se enxerga em cinco dia da semana
E me fiz então uma pergunta
Será então que num mundo tão grande
Há espaço para não viver?

Qual o valor da vida vivida em branco?
De que vale olhar sem enxergar?
Passar por mil pessoas e não sorrir a nenhuma?
Viver rodeado de gente e sentir solidão?
Sempre fechado dentro de si mesmo, fazendo do corpo um baú trancado e sem chaves

Não, não
Eu não quero ser assim
Quero abraços e sorrisos
Felicidade de verdade
Olhar e enxergar o que há de maior por trás de tudo
Poder andar e sentir o vento batendo contra o corpo

Ser feliz por ter vida e só
E realmente sentir a vida dentro de mim
Quero ver o mar e sentir a água entre meus dedos
Observar o pôr-do-sol e entender toda a luz do mundo
Saber que sempre há muito mais do que se vê
E que não existe espaço para tristeza qualquer

Viver os dias e fotografar com os olhos
Tudo aquilo que procuro guardar no coração. 


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