domingo, 10 de outubro de 2010

Inquietude humana durante a madrugada.

Pensamento momentâneo: Presa pela inquietude causada por vontade de escrever, parei tudo o que estava fazendo em uma madrugada de sábado e dirigi-me ao computador. Digitemos.

Se for pra falar de mim, que seja escancaradamente. Quero falar de mim com emoção. Por que eu sou emoção. Sou um conjunto desordenado de diversos elementos. Sou a união de várias formas que habitam o interior de um semblante comum entre elas. Eu sou um pouco de cada coisa. “Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher.” Sou brasileira. Sou sentimento. Sou lutas misturadas com perdas e vitórias. Trago marcas deixadas por mágoas. Trago poços de felicidade e bons pensamentos. Sou meu passado, meu presente, e serei o meu futuro. Sou eu em todos os sentidos. Ao mesmo tempo, também não sou eu em outros. Eu sou plenitude. Complexidade e humanidade. Sou as coisas que já vi, desde a mais simples até a mais complexa. Sou todos os meus pensamentos. Eu sou minha memória. Sou minhas células mortas. Meu futuro é traçado pelo meu passado. Meu passado me forma e meu presente me transforma novamente. Sou ciclos contínuos de humanidade. Sou meus textos, meus esmaltes, meus sapatos. Eu sou os meus pés. Sou o meu eixo, minha única direção. Minha mente é meu único caminho. O único meio capaz de me definir enquanto estiver viva. Eu sou a minha mente, e sempre serei. Eu sou vida e sou morte. Luz e escuridão. Paradoxos, metáfora, e antíteses. Correntes de incertezas. Dúvidas. Sou o que sinto. Sou certeza e indecisão. Muita indecisão. Sou meus gostos, eterna diversidade. Sou diversa. Sou contraditória. Sou real e irreal. Sou surreal e complexa. Sou pulsação. Sou fluxos inacabáveis e irrestringíveis. Eu sou tudo e nada. Tudo ou nada. Sou vida. Sou indescritível e não sou analisável. Eu sou humano, eu sou simples e puramente humano. E não me defino em parágrafos.

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