sábado, 4 de setembro de 2010

Devaneios por mim...

Sumi daqui por alguns dias. Não escrevi durante um breve intervalo. Mas hoje, num dia nem vazio nem cheio, me bateu uma vontade de falar alguma coisa. Não precisa fazer sentido, apenas aliviar. Acho que o que tenho que colocar pra fora não vai fazer sentido algum.
Bom, eu estava aqui viajando em meus próprios pensamentos. Pensei em ontem, pensei em hoje, em amanhã, e na semana passada. Pensei nos outros. Pensei um pouco em mim. Pensei no feriado de sete de setembro. Não no que ele significa, mas nas conseqüências que a sua existência induz na vida dos cidadãos brasileiros. Quero dizer, nas modificações que um feriado causa no percurso diário da sociedade.
Pensei em minhas amigas. Pensei em meus amigos, também. Pensei em muitas pessoas, coisas, e vidas ao mesmo tempo. Vivo a fazer isso. Pensar na vida dos outros. Não intrudir nem julgar, apenas analisar com olhos curiosos o curso da vida, das vidas. Sei lá, vai entender.
Hoje o dia está quente. Já passam de seis horas da tarde, está escurecendo. E eu continuo com aquela sensação estranha que costumo ter. Seria muito mais fácil escrever sobre alguma coisa conhecida agora, mas não saber o que se passa em mim me intriga exageradamente. É como se eu quisesse entender um pouco mais o significado. Preciso entender um pouco mais de mim. Preciso entender melhor o poder que as coisas ao meu redor têm em relação a mim. “Alguma coisa acontece no meu coração...”.
Observei mentalmente há alguns minutos, muitas diversidades. Situações. Quase pude ver a galera bebendo no churrasco do meu primo. Minha tia-avó perplexa com a força, e a energia da juventude. Vi meu primo e meu irmão se abraçando ao comemorar a alegria de mais um dia de união. Mais alguns momentos de felicidade para ficarem registrados nos quadros da memória.
Botando em prática a letra de uma música, “se lembrar de celebrar muito mais”, pensei no bar aonde fui com umas amigas ontem. Pensei no fluxo causado pelas pessoas quando cantavam Cazuza. Fluxo cósmico e energético. Energia cósmica gerada pela expressão dos seres humanos.Dançando, gritando, se comunicando. Pensei nos risos, na bebida, na amizade, na troca de tudo aquilo que não é concreto e nem pode ser explicado. Pensei em como tudo isso me comove. Energia, vida. A vida me encanta. A energia produzida pela vida me encanta.
Ao observar casais, pensei no amor que não sinto, não tenho, não encontro, nem consigo encontrar nos caminhos por onde me arrasto.Pensei em com às vezes posso ser cruel comigo mesma e com os outros. Senti alguma pena de mim. È triste uma pessoa que não sente. Embora, mais triste ainda, seja aquela pessoa que não quer sentir. Por medo.
Pensei em como o fluxo da vida é bonito, e em como as pessoas lutam para poder conquistar as coisas que almejam. Pensei em contas, em livros, em aprendizado, em criação, pensei em arte. Pensei nos meus amigos atores, artistas. Naqueles que praticam a arte. Atores, escritores, diretores, criadores, contadores, administradores, pensadores, advoga-dores, economista-dores, publicita-dores, jornalista-dores. Todos criadores, todos artistas. Afinal, todas essas profissões só existem por que foram criadas. E continuam sendo constantemente criadas. Quem cria, imagina, evolui. Quem cria, pensa. Quem cria, é artista. Todo ser humano é artista. Todos têm e vivem com a sua arte, por mais peculiar que ela seja. O mundo é uma arte. Viver é outra arte. Vivarte.

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