sábado, 13 de novembro de 2010

De dentro do metrô... - parte 2

Quando tudo aponta como certo aquilo que parece estar errado. Quando sempre alguma coisa acontece no momento ápice de uma decisão. Quando parece se encaixar, mas apenas desmonta mais. Quando a pureza não é mais tão pura. Quando um olhar não é mais um olhar. O que resta no meio de tanta gente nesse mundo? O que sobra de tanta vida não vivida? Despedida. Qual o remédio capaz de devolver a lucidez? Qual o veneno que se confunde com a cura perfeita? A cura certa é incerta. A cura certa é só risco. Risco em busca de um sonho perdido por ruas incertas repletas de vidas. E no meio de tanta vida, onde se encontra a vida? No meio de tanta sede, onde se encontra o cálice que sacia? No meio de tanta coisa, onde se encontra o átomo? A concentração repleta de toda a energia existente? Onde se encontra o meu átomo em mim?

Nenhum comentário:

Postar um comentário