domingo, 19 de junho de 2011

Um sonho meu...

Eu sonhei com uma cigana que dizia que eu andava fugindo de mim. E que eu tinha muita coisa pra mostrar. Que eu tinha muito o que revelar. E ela me disse sobre todos os meus sonhos, um por um. Sobre os meus medos e sobre as minhas virtudes. Me olhava fundo nos olhos e dizia que eu não precisava temer. Dizia que eu precisava lembrar mais de toda parte boa em mim, até mesmo das mais pequenas. E que a vida era pra se viver. E que o tempo não parava jamais, por isso eu também não deveria parar nele. Depois ela me pegou pela mão e me levou pra caminhar numa floresta e pediu para que eu sentisse a brisa que circulava por entre as árvores gigantes. E pra que eu ouvisse melhor os sons, tivesse uma percepção mais aguçada. E foi então que eu senti o frio, o vento que batia no meu rosto e aquela brisa que parecia tomar conta de tudo ao meu redor. Parei e escutei o barulho dos pássaros, o soar de tudo aquilo que habitava o mesmo espaço que eu, o soar do meu coração. Percebei que tudo aquilo, além de me rodear, se encontrava dentro de mim. Os sons, as sensações, a natureza como ela é. E depois me dei conta de tudo aquilo que eu estava deixando para trás. E que eu realmente não deveria fugir tanto assim. Logo eu, que vivia sempre fugindo de mim. A cigana me mostrou a magia. Ela podia ser irreal, mas me mostrou o real sabor das coisas. O real valor do mundo, o meu valor. Então ela terminou dizendo para que eu valorizasse mais aquilo que eu estava encontrando em meu caminho. Para eu doar, ajudar, sentir e perceber mais. Para eu doar a quem quer que fosse todo o bem que eu conseguisse ser capaz. Até o momento em que eu me satisfizesse em mim. Até o momento em que eu fosse capaz de estar feliz comigo mesma. Até o momento em que eu descobrisse quem realmente sou. Descobrisse para nunca mais esquecer.

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