domingo, 5 de junho de 2011

Quando o mundo todo parou e assim mesmo eu fiquei.

Quando em nenhum momento eu parei
Em algum lugar minha mente adormeceu dentro de mim
E foi parar naquela parte não identificada
Sempre tão escondida e reprimida
De sonhos não realizados...
De coisas mal resolvidas...
De tanta coisa guardada...
Coisa que não queria jamais ser enxergada.
Aquela parte que faz transludir um pouco mais de tudo
E imaginei poder me expressar um pouco mais
Imaginei pintar um quadro para dizer tudo aquilo que guardo em minha mente e coração
Tudo pelo que passei
Quis muitas vezes poder ter agido de forma diferente no passado
Mas como agir diferente com aquilo que não se vê?
Como poderia eu descobrir aquilo que apenas chegaria a mim com o tempo?
E agora, embora tenha acertado algo, como poder esquecer?
As ações ficam...
O passado fica...
Fica e perturbar, até o momento em que ele é impedido de agir
Fica e perturbar até que seja possível enxergar outra coisa, enxergar além
E agora eu continuo com vontade de poder enxergar mais além
Fico com vontade de agir da forma que me parece correta poder agir
Mas como agir assim com tanto medo?
Como lidar com tanto orgulho e insegurança?
Será possível desfazer aquilo que já está concretizado?
E tudo aquilo que ficou parado no tempo...
Distante, tudo sempre tão distante...
E eu sempre aqui comigo
O mundo se despede enquanto eu fico aqui parada
Sozinha com o meus medos, com as minhas inseguranças...
Sozinha com os meus sentimentos tão bem guardados...
E que transbordam.
Fico sozinha enquanto o mundo se afasta e ao mesmo tempo tenta se aproximar
Tenta se aproximar até mesmo dentro de mim
Fico sozinha enquanto há tanto pra viver...
Enquanto há sempre tanto a sentir e dizer.
Mas e com os outro, como devo eu lidar?
Com os sentimentos alheios que me rodeiam, como devo eu agir?
Como posso estar sempre tão disposta a aceitar um perdão, quando nem sempre estou a pedir a mesma coisa para outro alguém?
Como posso, eu, sempre estar tão disposta na hora errada?
E sempre me atrasar.
Exatamente como faço em minhas em meus compromissos...
Exatamente como eu faço com as pessoas e com os sentimentos: em um momento enxergo, mas sempre me atraso.
Eu me atraso, eu me estranho, eu me esqueço
Mas algumas coisa eu sou simplesmente incapaz de esquecer
Sobre mim e sobre os outros.
Ai vigora minha real e fiel incapacidade.
Que me acompanha, e que me faz atrasar cada vez mais...
Atrasar pra tudo...
Até o momento em que não houver mais nada.
Ou até quando eu conseguir enxergar ainda um pouco mais além.

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